No campo do Web3, a metáfora do LEGO é onipresente. Costumamos usar o LEGO para descrever produtos e sistemas combináveis como DeFi e DAO. No entanto, a combinabilidade é apenas uma das inspirações que o LEGO nos oferece. Mais importante ainda, uma comunidade aberta e inclusiva é crucial para estimular a inovação.
A transformação da Lego nos últimos 20 anos, passando de uma situação quase de falência a ser a líder da indústria de brinquedos global, demonstra a importância da participação ativa da comunidade. Este caso não só é digno de ser imitado por empresas tradicionais, mas também pode oferecer inspirações valiosas para o mundo Web3.
Primeiro contato com a comunidade
No final da década de 90, a Lego enfrentava uma grave crise operacional. Para recuperar-se, a empresa lançou um conjunto de robôs chamado "Brainstorm". Este produto, originalmente projetado para adolescentes, surpreendentemente ganhou a preferência dos adultos. Mais surpreendente ainda, alguns entusiastas da tecnologia começaram a hackear o software do produto, criando programas mais complexos do que a versão original.
Apesar de a empresa ter considerado, numa fase inicial, tomar medidas legais, decidiu finalmente abraçar esta inovação. A Lego criou um fórum oficial e até incluiu uma cláusula de "direito de hackear" no contrato de utilizador. Esta decisão teve um impacto significativo - a atividade da comunidade aumentou consideravelmente, surgiram livros e acessórios relacionados, e competições de robôs brotaram como cogumelos após a chuva. Um ecossistema vibrante formou-se rapidamente, trazendo uma atenção e vendas sem precedentes para os produtos.
Abraçar a comunidade de forma abrangente
Em 2004, o novo CEO Jørgen Vig Knudstorp percebeu a importância do diálogo com a comunidade e decidiu relançar a série "brainstorming" convidando os líderes da comunidade a participar da criação. Esta decisão não apenas aumentou a taxa de sucesso dos produtos, mas também reforçou a confiança dos consumidores, ao mesmo tempo que economizou custos de promoção.
Desde o início, com o convite a quatro elites da comunidade para participar do design, a LEGO estabeleceu gradualmente um sistema de participação comunitária em múltiplos níveis. As contribuições da comunidade não se limitam mais a uma única linha de produtos, mas se expandem para mais áreas. Por exemplo, um arquiteto que construiu um modelo de um marco de Chicago com blocos LEGO acabou se tornando o início da série de arquitetura LEGO.
Com a profundidade das relações com a comunidade, a Lego estabeleceu um sistema de suporte comunitário mais completo:
Rede de Embaixadores LEGO: fornece um canal de comunicação direta com a empresa para comunidades certificadas.
Especialista certificado LEGO: jogadores profissionais que transformam a paixão pelo LEGO em negócios
Criatividade LEGO: incentiva os usuários a partilhar design e ter a oportunidade de se tornar um produto oficial
Construção do mundo LEGO: permite que os fãs construam o mundo LEGO juntos
BrickLink: uma plataforma de troca de produtos LEGO e um centro de colaboração inovadora
Inovação impulsionada pela comunidade
A chave do sucesso da comunidade LEGO está em:
Produtos e cultura de marca obtêm amplo reconhecimento
A interoperabilidade dos blocos suporta combinações criativas
Formou uma cultura de respeito, apoio e compartilhamento de poder com a comunidade
Quando a comunidade é efetivamente ativada, ela pode gerar inovações impulsionadas pela comunidade. Os consumidores não são mais apenas receptores passivos, mas tornam-se criadores ativos, participando do processo de produção. Ao mesmo tempo, os consumidores também se tornam proprietários da marca em termos psicológicos.
Com o apoio da comunidade, o ecossistema comercial da Lego passou por uma transformação radical. Desde 2004, a empresa superou dificuldades e manteve um crescimento acelerado, tornando-se hoje a maior empresa de brinquedos do mundo. Em 2022, as vendas da Lego atingiram um recorde, chegando a quase 11 vezes o valor de 2004.
Embora os interesses da comunidade e da empresa nem sempre sejam os mesmos, essa tensão é precisamente o que dá sentido a um sistema de simbiose. Uma comunidade autônoma e ativa é o verdadeiro parceiro.
A tecnologia Web3 ajuda empresas e comunidades a coexistir
A tecnologia Web3 oferece novas possibilidades para a simbiose entre empresas e comunidades. Ela pode ajudar a resolver os seguintes problemas:
Como conceder a verdadeira propriedade da criação aos membros da comunidade?
Como identificar e recompensar melhor o valor gerado pela interação da comunidade?
Como fornecer garantias mais confiáveis para o suporte e a autorização da comunidade?
Como explorar possibilidades mais abertas e colaborativas?
No entanto, também devemos reconhecer que a tecnologia é apenas uma ferramenta. O objetivo final das empresas ao abraçar a comunidade é formar uma cultura: uma cultura de conexão, uma cultura que encoraja a participação, uma cultura que respeita cada membro da comunidade, uma cultura que acredita na comunidade e está disposta a compartilhar o poder da marca. Porque a marca não pertence apenas à empresa, mas também a cada consumidor que a realiza.
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MetaReckt
· 5h atrás
Até à lua? Não me faça rir, a maior armadilha deste ano.
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SolidityNewbie
· 20h atrás
Os meus brinquedos tornaram-se uma inspiração para o Web3?
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WalletManager
· 08-02 19:04
O contrato está muito bom, vou usar a Carteira com várias assinaturas para entrar de uma vez, degen!
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CryptoComedian
· 08-02 19:03
Dizem que atualizar é destruir brinquedos, a Lego diz que bug é uma feature, é realmente alto.
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gas_fee_therapy
· 08-02 19:02
Arte da construção em ruínas
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StopLossMaster
· 08-02 18:54
quebrado até o líder, uma onda de ir longo subiu.
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FancyResearchLab
· 08-02 18:54
Mais uma vez a se envolver em suas pequenas coisas, mas desta vez parece ter algum valor acadêmico.
Lego e Web3 em simbiose: lições da inovação impulsionada pela comunidade
O caminho de simbiose entre a Lego e o Web3
No campo do Web3, a metáfora do LEGO é onipresente. Costumamos usar o LEGO para descrever produtos e sistemas combináveis como DeFi e DAO. No entanto, a combinabilidade é apenas uma das inspirações que o LEGO nos oferece. Mais importante ainda, uma comunidade aberta e inclusiva é crucial para estimular a inovação.
A transformação da Lego nos últimos 20 anos, passando de uma situação quase de falência a ser a líder da indústria de brinquedos global, demonstra a importância da participação ativa da comunidade. Este caso não só é digno de ser imitado por empresas tradicionais, mas também pode oferecer inspirações valiosas para o mundo Web3.
Primeiro contato com a comunidade
No final da década de 90, a Lego enfrentava uma grave crise operacional. Para recuperar-se, a empresa lançou um conjunto de robôs chamado "Brainstorm". Este produto, originalmente projetado para adolescentes, surpreendentemente ganhou a preferência dos adultos. Mais surpreendente ainda, alguns entusiastas da tecnologia começaram a hackear o software do produto, criando programas mais complexos do que a versão original.
Apesar de a empresa ter considerado, numa fase inicial, tomar medidas legais, decidiu finalmente abraçar esta inovação. A Lego criou um fórum oficial e até incluiu uma cláusula de "direito de hackear" no contrato de utilizador. Esta decisão teve um impacto significativo - a atividade da comunidade aumentou consideravelmente, surgiram livros e acessórios relacionados, e competições de robôs brotaram como cogumelos após a chuva. Um ecossistema vibrante formou-se rapidamente, trazendo uma atenção e vendas sem precedentes para os produtos.
Abraçar a comunidade de forma abrangente
Em 2004, o novo CEO Jørgen Vig Knudstorp percebeu a importância do diálogo com a comunidade e decidiu relançar a série "brainstorming" convidando os líderes da comunidade a participar da criação. Esta decisão não apenas aumentou a taxa de sucesso dos produtos, mas também reforçou a confiança dos consumidores, ao mesmo tempo que economizou custos de promoção.
Desde o início, com o convite a quatro elites da comunidade para participar do design, a LEGO estabeleceu gradualmente um sistema de participação comunitária em múltiplos níveis. As contribuições da comunidade não se limitam mais a uma única linha de produtos, mas se expandem para mais áreas. Por exemplo, um arquiteto que construiu um modelo de um marco de Chicago com blocos LEGO acabou se tornando o início da série de arquitetura LEGO.
Com a profundidade das relações com a comunidade, a Lego estabeleceu um sistema de suporte comunitário mais completo:
Inovação impulsionada pela comunidade
A chave do sucesso da comunidade LEGO está em:
Quando a comunidade é efetivamente ativada, ela pode gerar inovações impulsionadas pela comunidade. Os consumidores não são mais apenas receptores passivos, mas tornam-se criadores ativos, participando do processo de produção. Ao mesmo tempo, os consumidores também se tornam proprietários da marca em termos psicológicos.
Com o apoio da comunidade, o ecossistema comercial da Lego passou por uma transformação radical. Desde 2004, a empresa superou dificuldades e manteve um crescimento acelerado, tornando-se hoje a maior empresa de brinquedos do mundo. Em 2022, as vendas da Lego atingiram um recorde, chegando a quase 11 vezes o valor de 2004.
Embora os interesses da comunidade e da empresa nem sempre sejam os mesmos, essa tensão é precisamente o que dá sentido a um sistema de simbiose. Uma comunidade autônoma e ativa é o verdadeiro parceiro.
A tecnologia Web3 ajuda empresas e comunidades a coexistir
A tecnologia Web3 oferece novas possibilidades para a simbiose entre empresas e comunidades. Ela pode ajudar a resolver os seguintes problemas:
No entanto, também devemos reconhecer que a tecnologia é apenas uma ferramenta. O objetivo final das empresas ao abraçar a comunidade é formar uma cultura: uma cultura de conexão, uma cultura que encoraja a participação, uma cultura que respeita cada membro da comunidade, uma cultura que acredita na comunidade e está disposta a compartilhar o poder da marca. Porque a marca não pertence apenas à empresa, mas também a cada consumidor que a realiza.