Como os fatores macroeconômicos afetam o movimento de preço do bull run do Bitcoin

Este artigo explora o impacto de fatores macroeconômicos chave, como liquidez global, taxas de juros, inflação e anúncios do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) sobre o preço do Bitcoin durante um bull run. Ao analisar dados históricos desde o início de 2014 até hoje, identificamos algumas tendências e correlações importantes, fornecendo insights sobre como esses fatores afetam o comportamento do mercado.

Liquidez do mercado global

A liquidez é vital para uma economia saudável. A liquidez aumentada impulsiona os preços dos ativos para cima, pois mais fundos fluem para o mercado, promovendo transações. Durante períodos de alta liquidez, o volume de negociações e os preços tendem a subir.

A liquidez é medida através de vários indicadores, incluindo fundos do mercado monetário, reservas bancárias, taxa de cobertura de liquidez e rotatividade, entre outros. No entanto, este artigo utiliza principalmente a oferta monetária M2 como critério de medição. M2 inclui todo o dinheiro que as pessoas têm em mãos e nas contas bancárias, abrangendo moeda física, contas correntes, contas de poupança, etc.

Historicamente, os picos de crescimento global de M2 coincidem com o bull run do Bitcoin. Durante o bull run, monitorar o M2 torna-se especialmente importante, pois a liquidez aumentada geralmente impulsiona o mercado para cima.

Revisão do bull run histórico

O bull run no campo das moedas digitais oferece oportunidades significativas para os investidores. Aqui estão alguns bull runs notáveis na história das criptomoedas:

Primeira bull run (2011-2013)

• Crescimento do M2: Durante a crise financeira europeia e a crise bancária do Chipre, os bancos centrais aumentaram a liquidez para estabilizar a economia.
• Bitcoin reage: o preço disparou de 2,93 dólares para 329 dólares, refletindo o aumento da demanda por ativos financeiros não tradicionais.

Mainstream popular bull run (2015-2017)

• Crescimento do M2: Após a turbulência financeira, as taxas de juros baixas e o aumento da oferta monetária continuam.
• Bitcoin reage: subiu de 200 dólares para 19.000 dólares, o interesse da mídia mainstream e das instituições impulsiona a demanda.

Nova era digital bull run (2020-2021)

• Crescimento do M2: A COVID-19 provocou uma flexibilização monetária e medidas de estímulo sem precedentes.
• Bitcoin reage: subiu de 10.000 dólares para 64.000 dólares, os investidores buscam alternativas à moeda fiduciária.

Recuperação e Inovação(2024)

• Crescimento do M2: a liquidez apresenta uma tendência de queda, mas ligeiramente em alta.
• Bitcoin reage: subiu de 25.000 dólares para um novo máximo de 85.000 dólares, indicando um aumento na maturidade do mercado.

A influência das taxas de juros e da inflação

A sensibilidade do Bitcoin às decisões do banco central varia ao longo do tempo:

• Antes de 2013, o choque monetário da Reserva Federal reduziu o preço do Bitcoin.
• Após 2013, esses impactos começaram a impulsionar o preço do Bitcoin.
• O impacto da desinflação do BCE continua a reduzir o preço do Bitcoin.
• Após 2020, a volatilidade do Bitcoin em relação aos anúncios do FOMC aumentou significativamente.
• Recentemente, quando o CPI foi divulgado, o preço do Bitcoin mostrou uma reação imediata.

Conclusão

A relação entre Bitcoin e a inflação é complexa e está em constante evolução. Inicialmente, o movimento de preço do Bitcoin não reagia de forma significativa aos anúncios de política monetária. Contudo, desde 2020, o preço do Bitcoin reage imediatamente à contração do Federal Reserve, mostrando uma correlação mais estreita.

O movimento de preço do Bitcoin está intimamente relacionado com a situação de liquidez global, impulsionado por políticas dos bancos centrais, comportamento dos investidores e tendências de investimento institucional. A demanda inicial provinha mais de suas características como moeda digital descentralizada, e não como uma proteção contra a inflação. No entanto, após 2020, a queda acentuada de preço provocada pelo aperto da Reserva Federal destacou os fatores especulativos e uma base de investidores mais ampla.

Para os dados do CPI que serão divulgados em breve, as expectativas do mercado não mostram mudanças significativas. Se o resultado real ficar novamente abaixo do esperado, isso pode ter um impacto no mercado. Os investidores devem continuar a monitorar as políticas macroeconômicas e as tendências de liquidez global para aproveitar as oportunidades de mercado.